Planeta Júpiter
imp_jupiter_638.jpg

Características

Júpiter é o maior planeta do sistema solar, com um diâmetro de 144.000 quilômetros, é quatrocentas vezes maior e mais volumoso que a Terra. Encontra-se a 779 milhões de quilômetros do Sol. Seu ano tem a duração de quase 12 anos terrestres. A rapidez com que gira em torno de si mesmo permite-lhe completar uma rotação em 9 horas e 55 minutos.
Júpiter é composto principalmente de hidrogênio e hélio. O planeta também pode possuir um núcleo composto por elementos mais pesados. Sua atmosfera é dividida em diversas faixas, em várias latitudes, resultando em turbulência e tempestades onde as faixas se encontram. Uma dessas tempestades é a Grande Mancha Vermelha, uma das características visíveis de Júpiter mais conhecidas e proeminentes, cuja existência data do século XVII, com ventos de até 500 km/h e possuindo um diâmetro transversal duas vezes maior do que a Terra. Sua temperatura é de -130ºC.

A exploração espacial de Júpiter foi realizada pela nave automática norte-americana Galileu, lançada em Outubro de 1989, e que atingiu o planeta no fim de 1995. Júpiter é observável a olho nu, com uma magnitude aparente máxima de -2,8, sendo no geral o quarto objeto mais brilhante no céu, depois do Sol, da Lua e de Vênus. Por vezes, Marte aparenta ser mais brilhante do que Júpiter. O planeta era conhecido por astrônomos de tempos antigos e era associado com as crenças mitológicas e religiosas de várias culturas. Os romanos nomearam o planeta de Júpiter, um deus de sua mitologia.

Em tempos modernos, várias sondas espaciais visitaram Júpiter, todas elas de origem estadunidense. A Pioneer 10 passou por Júpiter em Dezembro de 1973, seguida pela Pioneer 11, cerca de um ano depois. A Voyager 1 passou em Março de 1979, seguida pela Voyager 2 em Julho do mesmo ano. A sonda espacial Galileu entrou na órbita de Júpiter em 1995, enviando uma sonda através da atmosfera de Júpiter no mesmo ano e conduzindo múltiplas aproximações com os satélites galileanos até 2003. A sonda Galileu também presenciou o impacto do cometa Shoemaker-Levy 9 em Júpiter em 1994, possibilitando a observação direta deste evento. Outras missões incluem a sonda espacial Ulysses, Cassini-Huygens, e New Horizons, que utilizaram o planeta para aumentar sua velocidade e ajustar a sua direção aos seus respectivos objetivos. Um futuro alvo de exploração é Europa, satélite que potencialmente possui um oceano líquido.

Principais dados e características de Júpiter

  • Rotação (dia): 9h54m
  • Translação (duração do ano): 12 anos
  • Diâmetro: 142.984 quilômetros
  • Massa (kg): 1.900e+27
  • Raio equatorial (km): 71,492
  • Distância média ao Sol (km): 778,330,000
  • Inclinação do eixo (graus): 3.13
  • Temperatura: -120ºC
  • Gravidade: 22,88 m/seg ^ 2
  • Principais componentes da atmosfera: Hidrogênio (aproximadamente 90%), Hélio, Metano e Amônia.
  • Quantidade de satélites: 63
  • Principais satélites: Io, Europa, Ganimedes, Calisto, Leda, Elera, Amaltéia e Metis.

Satélites de Júpiter

Júpiter possui um tênue sistema de anéis, e uma poderosa magnetosfera. Possui pelo menos 64 satélites, dos quais se destacam os quatro descobertos por Galileu Galilei em 1610: Ganímedes, o maior do Sistema Solar, Calisto, Io e Europa, os três primeiros são mais massivos que a Lua, sendo que Ganímedes possui um diâmetro maior que o do planeta Mercúrio. Alguns outros satélites são provavelmente asteróides que foram capturados pela atração gravitacional do planeta.

Io

lua-io.gif

O mais internos deles, faz uma revolução completa ao redor de Júpiter em 42 horas e tem dimensões próximas a da nossa Lua.Io pode ser classificado como uma das mais incomuns luas em nosso sistema solar. O vulcanismo ativo em Io foi a maior e inexperada descoberta em Júpiter. Foi a primeira vez que vulcões ativos foram vistos em outro corpo no sistema solar. As Voyagers observaram a erupção em conjunto de nove vulcões em Io. Há evidência de que outras erupções ocorreram entre os encontros Voyager. A fumaça dos vulcões estendem-se a mais de 300 quilômetros (190 milhas) acima da superfície, com material sendo ejetado a velocidades de um quilômetro (0,6 milhas) por segundo.

Os vulcões de Io devem-se aparentemente ao aquecimento do satélite por oscilação das marés. Io é perturbado em sua órbita por Europa e Ganimedes, dois outros grandes satélites vizinhos, e puxado de volta para sua órbita regular por Júpiter. Este cabo-de-guerra resulta em protuberâncias de marés tão grandes quanto 100 metros (330 pés) na superfície de Io.

Europa

lua_europa.jpg

Pouco menor que a Lua, tem uma translação de cerca de 3,5 dias. Parece ser recoberto de gelo e outros materiais claros.Europa, o quarto maior satélite natural do planeta Júpiter. Uma das 4 luas de Júpiter descobertas por Galileu em 1610 quando este apontou o recém-inventado telescópio para o planeta Júpiter. Já se passaram mais de 4 séculos desde sua descoberta, já descobrimos muitas coisas, mas ainda muito temos a descobrir sobre Europa.
Europa tem cerca de 3121 km de diâmetro, sendo um pouco mais pequeno que a nossa Lua. Europa,Ganimedes, Io e Calisto formam o grupo dos 4 maiores satélites do planeta Júpiter, satélites esses que também são conhecidos como luas galileanas, visto terem sido descobertos por Galileu Galilei.

A lua Europa orbita a uma distância média de cerca de 671.000 km do planeta Júpiter, demorando um pouco mais de 3,5 dias terrestres a completar uma volta ao planeta. Esse é o mesmo tempo que demora a completar uma rotação (uma volta sobre si próprio), fazendo com que Europa tenha sempre o mesmo lado voltado para Júpiter.

Ganimedes

Ganimedes é a maior lua de Júpiter e é a maior em nosso sistema solar, com um diâmetro de 5.262 km (3.280 miles). Se Ganimedes orbitasse o Sol no lugar de Júpiter, poderia ser classificado como um planeta. Como Calisto, Ganimedes é provavelmente composto de um núcleo rochoso com um manto de água/gelo e uma crosta de rocha e gelo. Sua baixa densidade, de 1,94 g/cm3, indica que o núcleo ocupa cerca de 50% do diâmetro do satélite. O manto de Ganimedes é provavelmente composto de gelo e silicatos, e sua crosta é provavelmente uma grossa camada de água congelada.

Essa lua não possui atmosfera conhecida, mas recentemente o Telescópio Espacial Hubble detectou ozônio em sua superfície. O total de ozônio é pequeno se comparado com a Terra. Ele é produzido quando partículas carregadas capturadas no campo magnético de Júpiter chovem na superfície de Ganimedes. Conforme as partículas carregadas penetram na superfície gelada, partículas de água são rompidas, levando à produção de ozônio. Este processo químico indica que Ganimedes provavelmente tem uma tênue e fina atmosfera de oxigênio tal qual detectada em Europa.

Calisto
Calisto é a segunda maior lua de Júpiter, a terceira maior no sistema solar e tem aproximadamente a mesma dimensão de Mercúrio. Orbita logo acima da principal cintura de radiações de Júpiter. Calisto é o satélite com mais crateras do sistema solar. A crusta é muito antiga e foi formada há cerca de 4 biliões de anos, pouco depois da formação do sistema solar.

Não tem montanhas grandes. Provavelmente este facto é devido à natureza gelada da sua superfície. As crateras de impacto e os consequentes anéis concêntricos são quase as únicas formações que se podem encontrar em Calisto. As maiores crateras foram apagadas pelo fluxo da crusta gelada ao longo dos tempos geológicos. Encontraram-se em Calisto duas enormes bacias de impacto de anéis concêntricos. A maior cratera de impacto é Valhalla. É uma região central brilhante que tem 600 quilômetros de diâmetro, e os anéis extendem-se até 3000 quilômetros de diâmetro. A segunda bacia de impacto é Asgard. Mede cerca de 1600 quilômetros de diâmetro.

Sua densidade é mais baixa (1.86 gm/cm3) dos satélites Galileanos. A partir de observações recentes feitas pela sonda Galileo, Calisto parece ser composto por uma crusta com cerca de 200 quilômetros (124 milhas) de espessura. Abaixo da crusta está possivelmente um oceano salgado com mais de 10 quilômetros (6 milhas) de espessura. Abaixo do oceano, está um interior fora do normal que não é inteiramente uniforme nem varia dramaticamente. Antes da Galileo, os cientistas supunham que o interior de Calisto era totalmente indiferenciado, mas os dados recolhidos pela Galileo sugeriram que o interior é composto por rocha comprimida e gelo com uma percentagem de rocha aumentando com a profundidade. Os meteoritos perfuraram a crusta de Calisto, fazendo com que a água se espalhe pela superfície e formando raios brilhantes e anéis à volta da cratera. Não se conhece uma atmosfera em Calisto.